Portalete continua preso
Após receber a manifestação contrária oferecida pelo promotor Murillo Mattos, da 5ª Vara Eleitoral, quanto ao pedido de reconsideração do relaxamento da prisão de Paulo César Portalete, a juíza Quitéria Peres indeferiu na tarde desta sexta-feira (9) a solicitação encaminhada pelo advogado de defesa Alessandro Simas, para que seu cliente aguardasse em liberdade a conclusão das investigações. Com isso, Portalete continua preso no quartel da Polícia Militar.
O promotor considera que "a liberdade do indiciado (Portalete) no momento poderia dificultar os trabalhos de investigação" que estão sendo conduzidos pela Polícia Civil, razão pela qual se manifestou contrário à concessão de prisão domiciliar sugerida pela defesa. Para Murillo Mattos, "novos indícios de novas fraudes" justificam a decisão tomada, "sendo preciso que se verifiquem essas situações".
A Justiça aponta para a possibilidade de Portalete ter cometido fraude de falsidade ideológica voltada ao pleito eleitoral e, dependendo dos fatos que estão sendo apurados em relação a ocorrências anteriores, há ainda a probabilidade de uma eventual improbidade administrativa.
Paulo Portalete se exonerou em abril do cargo de secretário municipal de Cultura, Esporte e Juventude para, inicialmente, concorrer em outubro a uma das dez vagas na Câmara Municipal.
O advogado Simas, que soube oficialmente da decisão da Justiça por Carlos José Neiva Peixoto - chefe do Cartório Eleitoral da 5ª Zona, deve impetrar ainda neste final de semana um hábeas corpus junto ao Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC), como mais uma tentativa para libertar Portalete.